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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A distância




Agora, coloco as roupas que você havia me presenteado.
Tampo meus olhos, buscando na memória, as noites desvairadas do prazer absoluto.
Recordo das vezes que na escuridão, você despertava em mim, uma ansiedade aflitiva da espera do inesperado.
Tentava descobrir o que iria fazer e isto me excitava demais.
E com maestria, você me transportava a outra dimensão.
Tirava do meu corpo, um prazer sem tabus, me privando de te negar qualquer coisa.
Sua brutalidade por mais insana que fosse, me levava a orgasmos, cada um diferente do outro, porém deliciosamente intensos.
Meu corpo clamava pela tortura alucinante a que eu era submetida.
Você me ensinou sobre o respeito e submissão, terminando por mostrar-me que isto me aprazia, que meus instintos eram voltados para o lado servil.
Tua imponência, teus gestos imperativos me deixavam fascinada.
Então, sem eu perceber, comecei a te buscar insistentemente, cobrando tua presença, desejando os momentos que eu lhe servia. Este foi meu maior erro.
            Você me chamou para uma conversa séria e por ser um homem de personalidade marcante, avisou-me sobre certas atitudes, falou-me sobre tudo o que estava desagradando-o.
            Eu estava apaixonada, achava que fazer as coisas por amor era o correto, até ser tarde demais. Ainda tenho muito que aprender sobre a vida.
            Você procurou me ensinar sobre muitas coisas, mas como uma aluna desatenciosa, não me esmerei em aprender.
            Fico remexendo nos acessórios que me fazia usar, relembrando com alegria os vários momentos maravilhosos, em que fui escravizada.
Procuro me distrair e relaxar, para que sua distância não me faça, novamente chorar...CMRS.

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